segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Look Market com Edimar Filho

Toda criação, toda campanha e qualquer comunicação precisa ter verdade, tom, emoção. Esse é o caminho para alcançar a mente e coração do cliente. Para conversar sobre essa e outras temáticas, convidei Edimar Filho, Diretor de Criação da Faz Promo – Empresa do Grupo Phocus. Aprecie sem moderação e boa leitura.
Look Market com Edimar Filho
Blog do Fernando Coelho: o ser humano é muito mais emocional que racional, qual a melhor forma de criar conexões com os clientes e aproximá-lo da marca?
Edimar: Tenho aprendido que o segredo para qualquer campanha é, antes de criá-la, achar a sua verdade. A verdade quase sempre é algo incontestável, quando você parte dela você tem muito mais chances de tocar o público alvo.
Blog do Fernando Coelho: ligando com a pergunta anterior, em um mercado em que todo mundo ficou igual, a marca e sua percepção de valor é que diferenciam as organizações. As marcas locais do varejo, entendem essa primícia?
Edimar: O varejo tem um objetivo muito claro de alcançar o público consumidor na sua essência e dizer o que esse público quer ouvir quase sempre aponta para a necessidade de responder a perguntas como “quanto custa?”, “até quando tem?” e “o que é preciso fazer para comprar?”. Acredito que as grandes marcas antes de vender produtos vendem valor, entendo que algumas grandes empresas necessitam de um trabalho de marketing mais abrangente que mostre essa necessidade de construção e manutenção da marca, porque isso é o que vai torná-la mais vendável sempre.
Blog do Fernando Coelho: onde está o cliente (consumidor)? Na TV? No digital? São perguntas decisivas para um planner na hora de propor uma solução de comunicação. As marcas cada vez mais estão investindo em geração de conteúdo. Como você enxerga este cenário e o que nossa praça está fazendo para acompanhar esta tendência?
Edimar: O cliente é cada vez mais nômade e, algumas vezes, até onipresente. Falar com esse cliente é primordial e, diferente do que foi por muito tempo, a comunicação integrada que tinha apenas um argumento, tem tido a necessidade de falar de outras formas, respeitando a particularidade de cada meio. Se aproximar do cliente é também dar a ele a oportunidade de participar do dia a dia da empresa, entendendo o que ela pensa em relação ao que acontece no mundo.
Blog do Fernando Coelho: As ações promo são ativos intangíveis da comunicação. O cliente (anunciante) quer acima de tudo resultados palpáveis. Como vocês mensuram as ações que realizam? Como isso é convertido em resultados para o cliente?
Edimar: Acho que Live Marketing em muitas vezes chega a permitir um controle de resultados mais palpável do que as outras mídias, uma vez que as ações promocionais permitem uma aproximação literal da marca com o público final, permitindo além do primeiro contato um feedback instantâneo de aceitação ou não do que está sendo apresentado. Acredito que toda mensuração de resultado parte de um objetivo, se o objetivo do cliente for claro em relação a visitas, por exemplo, a gente consegue mensurar bem o volume de pessoas impactadas através de artifícios como voucher (vale desconto – vale prêmio), numerando quantas visitas apresentaram o elemento da ação. Se o objetivo for em relação a vendas, o calculo é feito em cima do investimento, o que chamamos de ROI (Retorno sobre investimento), esse cálculo permite uma visão clara ao cliente que no final das contas quer saber se valeu ou não a pena o investimento naquela determinada ação promocional. ( ROI = Lucro do Investimento - Custo do Investimento / Custo do Investimento X 100)
Blog do Fernando Coelho:  em uma frase, qual seu Market look? Qual sua visão de mundo, mercado e das pessoas?
Edimar: Quem vive pra imitar alguém nunca vai ser referência pra ninguém.  
MINI-CURRICULO:
Dir. de Criação da Faz Promo (Setor de Live Marketing /Grupo Phocus)
Publicitário/ Comunicação Social ( Faculdade São Luis); Pós Graduando (Marketing e Publicidade). Experiências: Redator Phocus Propaganda; Analista de Comunicação – GUIMAR / VALE - Implantação de Projetos de Logística); Dir. de Marketing – 92FM

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

De onde surge a inovação?

Quando se fala da necessidade de inovar estamos ponderando sobre a necessidade de criar diferencial competitivo para a marca, seja por meio de um novo produto ou melhoria dele, ou ainda incremento de um serviço.
Mas o que muita gente não se atenta é que para inovar não é necessário grandes transformações, as vezes uma simples atitude pode trazer grandes resultados. Compartilho aqui uma pequena história contada pelo Prof. Menegatti em uma de suas palestras:
Certa empresa de pneus estava percebendo que seu principal produto estava perdendo participação de mercado e por isso o presidente convocou uma reunião com seus executivos e disse: temos que baixar os custos, sem perder a qualidade do produto.
Várias ideias foram dadas, mas as alternativas eram óbvias demais. Até que um faxineiro da empresa disse: o produto precisa ter embalagem? Os executivos zombaram da audácia do servente. Mas o presidente disse: Pode ser, por que não? A partir daí os pneus que até o Século 20 vinham embalados, começaram a ser expostos nas lojas sem embalagem e com a marca e outras informações impressas na borracha.
A ideia para a próxima inovação que sua empresa lançará, muitas vezes não virá de um diretor, ou alto executivo, mas virá, quem sabe, de uma pessoa que anda pelos departamentos, que conhece todos os setores e que serve um simples cafezinho.
A grande reflexão que quero deixar aqui é quanto a necessidade de olharmos para fora da caixa e as vezes olhar fora da caixa significa olhar para fora do nosso processo ou empresa. A inovação está na sensibilidade de perceber novas perspectivas (novos olhares).
@coelhofernando
Publicitário e Professor Universitário, Especialista em Administração Estratégica e MBA em Marketing. Formação Complementar em Didática Universitária, Coaching e Marketing.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Look Market com Rafaela Marques

Sempre digo que o consumidor é um ser cibrido por natureza! Hoje, inegavelmente somos on e off ao mesmo tempo, estamos rodeados por tecnologia e não conseguimos mais viver sem ela – e essa é uma ótima oportunidade para as marcas integrar suas ações e inovar no mercado.
Para conversar comigo sobre o assunto, convidei Rafaela Marques, Jornalista e Publicitária, Sócia da Matilde - Conteúdo e Guerrilha, e Licenciada do TEDx no Maranhão.
Para Rafaela, o ambiente digital é só um suporte, as relações são humanas! Aprecie sem moderação nosso bate papo.
Look Market com Rafaela Marques
Blog do Fernando Coelho: para iniciarmos, como está o cenário de social media em São Luis, quais os pontos positivos e negativos?
Rafaela: Desde que eu e a Nicolle, minha sócia, abrimos a Matilde, o mercado deixou de olhar com curiosidade para a social media e passou a considerar necessário atuar nela. Mas em contrapartida, as empresas ainda acham que a social media é um braço da propaganda, que é propaganda também. Não é. Social media é relacionamento. E isso ainda é algo muito distante da compreensão do mercado local, porque mesmo as agências de assessoria de imprensa, que poderiam tender mais para esta área, estão muito focadas na promoção, na divulgação. Sempre habituados a falar e persuadir, os empresários ainda precisam percorrer um longo caminho até compreenderem que não monopolizam mais o discurso. É difícil até mesmo para as empresas de comunicação, porque na via única é mais fácil. Mas eu sou uma entusiasta: se em três anos mudou tanto, em cinco ou dez quase estaremos lá, rs. :)  
Blog do Fernando Coelho: costumo dizer que hoje as empresas estão nuas, os clientes com seus super poderes de raio-x, a um clique, conseguem elevar ou “aniquilar” uma marca das redes sociais digitais. Qual a importância da gestão de relacionamento digital para as marcas?
Rafaela: Numa analogia simples, sempre foi mais fácil para o empresário ficar atrás do vendedor. O que um vendedor diz quando você tenta negociar um desconto? "Ah, preciso falar com o gerente". Ele se coloca no papel de intermediário. Relacionar-se com os clientes sempre foi um drama para as empresas. No ambiente digital isso é uma necessidade premente. Ou você se relaciona ou se relaciona, não tem escolha.
Eu acho isso fantástico porque, mais do que repensar o posicionamento de mercado, nos obriga a repensar as relações humanas. Pra definir tudo isso, a gente usa um conceito apropriado da administração, o CRM (Custom Relashionship Manager), que é a política que rege as relações com os pontos de contato e stakeholders, e transmuta isso para o ambiente digital. É preciso detalhar esse posicionamento, colocá-lo no papel e principalmente na cabeça de todas as pessoas que trabalham na empresa, aplicando em cada situação cotidiana. Isso é importante, afinal de contas, o ambiente digital é só um suporte, as relações são humanas. O comportamento do consumidor parte de um entendimento humano, corrobora emoções humanas.  
 Blog do Fernando Coelho:  antes de iniciar em mídias sociais, é de fundamental importância que as marcas estude o cenário e trace estratégias consistentes alinhadas com o perfil de seu público. As marcas locais, já entenderam essa primícia? Como deve ser esse planejamento?
Rafaela: Sim, planejamento é o esteio de qualquer ação bem-sucedida. Na Matilde, nós fazemos o planejamento mensal ou quinzenal, a depender de que tipo de objetivos queremos atingir. Mas os clientes ainda saltam longe quando se fala em pagar por planejamento. Não cobramos porque entendemos que é parte do processo, mas todas as empresas deveriam cobrar, até como forma de ressaltar a importância disso. Outro grande entrave é que as empresas procuram soluções milagrosas. Querem contratar alguém e dizer "se vira". Não pode ser assim, o planejamento deve contar com o papel fundamental do cliente; é ele quem deve fazer "o dever de casa". Sempre me certifico de esclarecer ao cliente que não queremos ensinar o padre a rezar a missa. É o cliente que tem domínio do seu negócio, que conhece os entraves e as especificidades. O que a comunicação digital deve fazer é estender boas práticas ou contaminá-lo com elas: planejamento, gestão do relacionamento, diálogo.  
 Blog do Fernando Coelho: algo bem legal para quem trabalha como mídias sociais digitais é que as plataformas estão sem tornando Grandes SACs on line. O que você sugere para as marcas aproveitarem esse movimento dos consumidores – clientes que reclamam nas redes, por exemplo?
Rafaela: O elogio e a crítica são muito poderosos. Antes de abrir a Matilde, eu desloquei por um momento minha carreira do eixo que eu vinha trilhando, com experiências anteriores na assessoria de imprensa, reportagem e redação publicitária, e fui Ouvidora Estadual de Saúde. As pessoas tem dificuldade para enxergar isso, mas instâncias de participação social e mecanismos de dessa participação, a exemplo das Ouvidorias e Fóruns permanentes, também são comunicação. Enxerguei isso e vi uma miríade de possibilidades que me empolgou. Junto com uma equipe técnica que entende muito de SUS, construímos fluxos de comunicação entre gestores e usuários do Sistema Único de Saúde. Do lugar onde eu estava, pude ver o quanto a mensuração e a interpretação de dados são o futuro. Isso foi fascinante pra mim - perceber que as análises e relatórios que já eram meus velhos conhecidos da assessoria, poderiam ser convertidos em importantes subsídios para a tomada de decisão. Muitas empresas olham para os relatórios e análises fornecidos pelo social media como meras comprovações de serviços e meros indicadores de resultados de investimentos. E eu digo que para cada reclamação há um sem-número de clientes insatisfeitos que não se manifestaram. É muito mais do que ROI, é uma fonte importantíssima de inteligência de mercado. E essa capacidade analítica não deve ser exclusividade de nenhum profissional ou cargo, mas de todo mundo que trabalha com comunicação e usa duas ferramentas básicas: pensamento lógico e bom senso.
Blog do Fernando Coelho: em 140 caracteres, qual seu Market Look? Qual sua visão do mundo, das pessoas e do mercado?
Rafaela: Eu nunca gostei de pensar em termos de mercado. Enxergo meu trabalho, antes, como parte de uma ciência social aplicada. Gosto de pessoas mais do que de números, e gosto de falar com as pessoas, ouvir o que elas têm a dizer, compreender quem são e de onde vem. A anomalia que é a pessoa jurídica eu reservo para as contas públicas. :) Por trás das empresas existem pessoas, por trás dos clientes destas empresas também, por trás dos comentaristas de portal, por pior que sejam, idem. Meu objetivo máximo é ser uma facilitadora de diálogos, quase que uma emissária em casos de assaltos com reféns. É só por meio do diálogo que nós teremos empresas melhores e mais socialmente responsáveis e consumidores fazendo escolhas mais inteligentes. Sou do time da Avon: a gente conversa, a gente se entende.
MINI-CURRICULO:

Sócia da Matilde - Conteúdo e Guerrilha, empresa de produção de conteúdo e análise de mídia. Responsável pelas operações diretas que envolvem projetos de comunicação digital, consultoria técnica e atendimento à imprensa. Licenciada TEDx no Maranhão. Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Maranhão e em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela Universidade Ceuma.

sábado, 2 de agosto de 2014

O que o consumidor procura?


Qual a principal busca do consumidor moderno? Onde ele gostaria de fato de ser atendido, no on ou off? O que ele espera de um vendedor? Essas são algumas perguntas fáceis de serem respondidas! O consumidor no final das contas só que uma coisa: UMA BOA EXPERIÊNCIA COM SUA MARCA,

Será que isso é difícil de ser entendido pelas organizações? O consumidor contemporâneo (e acredito que o do século passado também) só deseja duas coisas: um produto que atenda suas necessidades e uma experiência positiva com sua marca. Eu, você, ou qualquer cliente, cada vez mais passará a privilegiar as boas experiências de consumo e aspirar por locais prazerosos para a compra.

Não há nada de mais agradável que você chegar a uma loja e ser bem recepcionado, abordado e direcionado por um vendedor atencioso e disposto a lhe ajudar. Quando fala-se em consumidor moderno, marketing 3.0 e concorrência transversalizada, é importante também falar que o vendedor precisa ser especializado e sensível as novas demandas. Outro dia escrevi que o vendedor deve ser coach – além de demonstrar, ele deve conduzir o cliente, auxiliando na identificação das suas necessidades e direcionando para o produto mais adequado.

Outra dúvida comum das marcas e vendedores neste novo contexto é se o consumidor é on ou off.

O consumidor é cibrido – on e off ao mesmo tempo, ele está com um pé no digital e outro no analógico. A estratégia das marcas modernas deve ser a de integração, pois só assim será possível potencializar a experiência dos clientes sem que isso signifique desvalorizar sua força de vendas.

Por fim, deixo uma dica valiosa para empresários, gestores de vendas, vendedores e executivos de atendimento: pense sempre em proporcionar uma experiência memorável ao seu cliente – seja no on ou no off.


@coelhofernando