Muito se fala em estudos realizados para identificar os consumidores
da classe C, dizem que este público está crescendo e com maior poder de
consumo. Mas, como se comporta a “Classe C”?
Segundo Alberto Cerqueira Lima, Presidente da Copernicus
Marketing, A CLASSE C NÃO EXISTE! Como assim? Em janeiro o Ibope Inteligência
divulgou uma pesquisa sobre o consumo da “classe C” e o Cerqueira simplesmente
afirma que esse público não existe?
Vou explicar... É difícil afirmamos que a “Classe C”, assim
como a “A” e “B” possui determinado comportamento, isso por que as pessoas são
diferentes, possuem experiências distintas e logo, seus comportamentos não são
padronizados, não somos maquinas programadas para reagir de maneira idêntica.
Quando partimos para a “Classe C” especificamente essa
justificativa é potencializada, haja vista que os pertencentes a este grupo são
oriundos de diversas vertentes e que somente agora (não tão agora, desde 2009
mais ou menos) tem ganhando notoriedade. Existem vários detalhes (culturais,
psicológicos e emocionais) que regem esse grupo de consumidores, assim não se
pode de maneira alguma limitar a visão do marketing e varejo a uma perspectiva
genérica. A psicóloga Beth Furtado, afirma que
“a criação de conceitos, serviços, produtos, experiências, promoções,
projetos, formatos varejistas ou quaisquer táticas de marketing inspiradas em
conclusões exclusivamente demográficas não é suficiente para contemplar a riqueza
do comportamento humano”.
A Classe C é um segmento desejoso! O que é prioridade para
eles? Desejos encubados a muito tempo e que só agora podem ser atendidos: a
faculdade dos filhos ou a faculdade do pai que hoje já tem seu filho formado, o
1º carro zero km, a 1º viagem internacional, um financiamento para cirurgia
plástica da filha que completará 15 anos e prefere sua aparência estética ao
invés de uma festa de debutante. Os desejos são diferentes e não se resumem ao gesso
da pesquisa analítica demográfica.
E como essa classe se comporta? Igual as outras, com desejos
a serem atendidos, buscando informações, procurando atendimento adequado,
procurando o melhor custo-benefício e sobretudo, querendo ser atendida como
rei, afinal de contas elas tem dinheiro no bolso e aspirações no coração.
@coelhofernando
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