terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Qual o problema com o erro?

Muitas empresas desprezam o erro e expurgam o causador do erro, mas por que empresários e alguns gestores possuem tanto medo de errar?
Se analisarmos a história da humanidade, grandes invenções foram oriundas de sucessivos erros, que após várias apostas tiveram seus projetos bem sucedidos, a exemplo da super cola - em 1942 o cientista Harry Coover descobriu que a substância que ele havia criado, o cianocrilato, foi um fracasso. Não poderia ser usada para criar uma nova lente de precisão para armas porque, infelizmente, grudava terrivelmente em tudo com que entrava em contato. Apenas seis anos depois que Coover percebeu que a substância grudava incrivelmente sem precisar de calor e criou a Super Cola, que conhecemos (e compramos) hoje como Cola Super Bonder.
O colaborador para se tornar intra-empreendedor, além de possuir as habilidades necessárias (que são internas), precisa também de liberdade para propor e ousar novos projetos nas organizações, contudo, como os empresários estão sempre em estado de cautela, pouco observamos a tão cobrada e sonhada inovação no mercado.
O erro precisa ser visto como uma oportunidade de aprendizado, melhoria e exclusividade mercadológica! Sim, exclusividade! Haja vista que cada erro quando corrigido e aprimorado, torna-se uma grande oportunidade para criação de novos produtos!
A regra do erre sempre é uma máxima no empreendedorismo! Só quem erra tem a possibilidade da descoberta! Então, erre, erre, erre sempre – mas não repita os erros e tenha a capacidade de analisar e extrair oportunidades de cada falha.
E então, você está preparado para errar (e inovar)?
@coelhofernando

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Market Look com Janaina Sousa

Os profissionais de comunicação e marketing precisam ter como competência fundamental a visão global dos negócios e hoje não é mais possível executar marketing se desligado de um contexto sustentável.
Minha convidada deste MARKET LOOK é Especialista em Assessoria de Comunicação Corporativa e possui expertise em Responsabilidade Social já tendo atuado em empresas como Alumar, Organizações Sociais e hoje atua como Analista de Responsabilidade Social na Companhia Energética do Maranhão.
Aprecie sem moderação nosso bate-papo!!!
Market Look com Janaina Sousa

Blog do Fernando Coelho: Como as marcas encaram a responsabilidade social hoje no Brasil? A meu ver, existe muito amadorismo e pseudos posicionamentos! Qual sua visão sobre a prática da R.S em nosso país?
 Janaina: Se fizermos uma linha do tempo percebemos que não há muito tempo as empresas existiam em função de lucros e resultados.  Mas o mundo mudou e com ele novas necessidades de mercado surgiram.  Aqui se manifesta a responsabilidade social empresarial, como resposta às pressões mais imediatas, oriunda dos empregados, seguida pela sociedade como um todo e pelo Estado.
Hoje, a empresa não se resume mais em resultados apenas. Sem as pessoas e os produtos vindos da natureza, seu sucesso não seria expressivo. E consequentemente seu produto não seria tão bem aceito. Não basta as empresas cumprirem aspectos legais é necessário o “PLUS”,  não significando, somente, realizar ações sociais, distribuir cestas básicas ou mesmo jogar “derrames de dinheiro” em comunidades.  Os compromissos éticos, valores e princípios compartilhados com seus diversos públicos de interesse (stakeholders) e a atuação de forma responsável e transparente, trazem para a empresa um reconhecimento especial, o qual pode se tornar um diferencial competitivo a ser incorporado à estratégia empresarial. Facilmente, encontramos pesquisas que indicam que consumidores do mundo contemporâneo dão preferência de consumo a produtos originários de empresas que tenham algum tipo de trabalho de responsabilidade social identificado em sua comunidade. Grandes empresas de olho nesses aspectos precisaram se reinventar e conhecer a temática. Deixo claro que a empresa não pratica ações socialmente responsável porque ela é “boazinha” e sim porque ela precisa minimizar ou eliminar os impactos que a sua atividade causa. Ganho de imagem e outros benefícios são consequências dessa gestão.
Blog do Fernando Coelho: e existem muitas marcas-vilãs que se dizem sustentáveis?
Janaina: Claro que dentro dessa linha do bem, existem os seus vilões. Muitas empresas se preocupam mais em demonstrar do que ser. Estão dispostas a ganhar essa fatia de mercado através da adoção da imagem ecologicamente correta, mas sem estruturar programas consistentes e reais. Ser sustentável leva tempo, um tempo que nem todas estão dispostas a esperar. No mundo de hoje muitos são sustentáveis sem mostrar efetivos resultados. E claro isso não se sustenta.
Nessa corrida para tentar associar suas marcas a uma imagem socialmente e ambientalmente correta, muitas empresas acabam escorregando. Um exemplo atual foi uma conhecida marca de palha de aço, que fez ampla divulgação na mídia que seu produto “é feito de aço e é muito mais higiênico. Depois que a senhora usa, ele enferruja, vira pó e some” , por essa característica se classificava como um produto 100% ecológico. Como ser 100% ecológico se você tem uma cadeia produtiva em cima desse produto? Ora para produzir aço é preciso extrair o minério e processa-lo em altas temperaturas, o que impacta com energia e matéria prima e sem contar com outros inúmeros fatores na fabricação e distribuição.
Esse é o caso que os americanos chamar de greenwash ou “maquiagem verde”. A empresa usa de artimanhas para iludir o consumidor com uma ideia falsa. Mas graças a Deus, o publico consumidor é muito mais esclarecido, comunidades locais são mais estruturadas e organizadas e cobram das empresas investimentos sociais. Assim, a iniciativa privada toma cada vez mais importância no desenvolvimento social do país.   
Blog do Fernando Coelho: Qual o maior desafio das empresas para ajudar a alcançar um futuro sustentável?
Janaina: Nenhuma empresa se torna sustentável da noite para o dia. É preciso haver uma liderança sensível a essa gestão e principalmente a percepção de que ser sustentável é garantir a continuidade do negócio equilibrando os vários interesses. Hoje as empresas precisam da licença social para operar.  E essa “obrigação” que o mundo contemporâneo nos traz pode e deve ser vantajoso para esse universo privado. Vamos alguns exemplos: utilizar equipamentos eficientes ajuda a economizar energia, a empresa não só contribui com a natureza, mas diminui despesa. Ao oferecer melhores condições e qualidade de vida a seus colaboradores, a empresa ganha em produtividade e assim vai. 
Parece difícil começar ou decidir por onde começar. Nesses casos, sugiro procurar conhecer os indicadores de Responsabilidade Social Empresarial do Instituto Ethos. Os indicadores servem para orientar as empresas em um processo de autoavaliação e planejamento e contempla quesitos com relação a comunidade, meio ambiente, fornecedores, valores/transparência e público interno, entre outros. Uma outra dica é o dialogo com as organizações sociais. Elas são capazes de trazer um novo olhar e direcionar as empresas na melhor forma de conduzir seus investimentos sociais ou enriquecer o processo de iniciação da gestão sustentável. Um parto humano só ocorre em nove meses não importando quantas pessoas você coloque no projeto, assim é esse processo. Leva tempo e é preciso cumprir etapas para que tudo ocorra bem no momento desta criança nascer. O futuro precisa ser criado, não previsto.
Blog do Fernando Coelho: Que fatores devem ser levados em consideração pelos departamentos de marketing das empresas na hora de escolher um projeto social a ser beneficiado?
Janaina: Antes de selecionar projetos sociais, a empresa deverá definir qual sua estratégia com seu investimento social privado. Isso porque os projetos selecionados devem estar casados com sua estratégia de negócio. É factível uma empresa de leite trabalhar projetos de combate a fome ou empresas de fabricação de papel trabalhar projetos ambientais. O Investimento Social Privado, quando realizado de maneira estratégica é capaz de modificar a forma que a sociedade enxerga determinada empresa. E ainda mais, as empresas podem mudar a condição de vida das comunidades com quem atuar.
Minha indicação é: Converse! Focar em dado território e dialogar com demandas e ativos das localidades pode ser o caminho mais seguro. E não esqueça que o planejamento do investimento social é a melhor maneira de atuar. Alguns ingredientes que podem ajudar: visão de futuro, escolher foco de atuação, mensurar resultados, ter atuação estratégica, assegurar a continuidade do projeto, ser provocador de mudança.  
Blog do Fernando Coelho: Em uma frase, qual seu market look? Qual sua visão em relação ao mundo, a vida e ao mercado de marketing e comunicação?
Janaina: Trabalhar com a temática de sustentabilidade é inspiração, é ser capaz de se adaptar rapidamente as mudanças que o processo traz por depender das relações que estabelece todos os dias. Se posicionar como comunicador nesse contexto é bem mais que transmitir informações é transformar realidades, se colocar no lugar do outro e ter a visão de que seu trabalho pode mudar a vida de muita gente. Nisso se reinventar todo dia não é opção é questão de sobrevivência. Martin Luther King define em uma frase simples e celebre: “Eu tenho um sonho”. 
Mini-currículo:
Janaina Sousa é Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade Federal do Maranhão e Pós- graduada em Assessoria de Comunicação Corporativa pela Faculdade São Luís. Teve inicio de sua experiência na área de Responsabilidade Social na Alumar, atuando com relacionamento com comunidades do entorno da empresa e no gerenciamento de projetos sociais. Logo após, pôde se aprimorar na área em uma Organização Social voltada pela temática, o Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão como Assessora de Comunicação para Sustentabilidade. Hoje atua na CEMAR, como Analista de Responsabilidade Social contribuindo na formação de uma concessionária de energia sustentável. 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Todo mundo pode ser líder!


Alguns especialistas afirmam que o titulo deste post possui controversas. Mas até onde é verdade?


Eu, particularmente, acredito que duas características fundamentais para a boa liderança são a simpatia e empatia. Um líder carrancudo terá poucas ou nenhuma possibilidades de conquistar sua equipe. Da mesma maneira, a empatia, precisa ser outra característica primordial para esse profissional em posição de liderança, é indispensável se colocar sempre no lugar do outro, entender seus desejos, medos, limitações e diferencial competitivo, apenas desta maneira será possível desenvolver cada membro do seu grupo.


Essa semana estava lendo um artigo que citava a professora de liderança e gestão da Harvard Business School, Amy C. Edmondson, PhD em comportamento organizacional. A Especialista afirma que para desenvolver as habilidades para uma função de liderança as práticas devem ser diárias e ela nos apresenta um tripé para a função.


Antes de qualquer coisa é fundamental que você desenvolva suas atividades de rotina com excelência – seja bom no que você faz, busque sempre se capacitar e esteja disposto a compartilhar o que você sabe e aprende.


O segundo passo é ter visão de futuro, olhar para frente! Esteja sempre atento as oportunidades que o mercado (e sua empresa) oferecem, contudo, não tenha pressa, dê um passo de cada vez e foque em seus objetivos.


Por fim, pratique a liderança em suas relações! Argumente, compartilhe sua visão e veja o que funciona para que os outros o sigam. Um importante ponto da liderança é a confiança e o respeito, se você consegue despertar esses sentimentos, você está no caminho certo.


E então, qual seu nível de aptidão para liderança? Lembrando que alguns (muitos) gestores nem sempre são lideres de verdade.


@coelhofernando

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Market Look com Caio Costa

Para iniciar 2014 com todo gás, convidei um Publicitário que é figurinha certa entre os principais blogs da área de comunicação e criatividade no Brasil! “Quem arrisca, sempre petisca”, essa é uma das regras para uma boa propaganda.

Confira o Market Look de Caio Costa, autor do Blogcitário, diretor da Orfeu Comunicação e Gerente do Social Media Bahia.

Market Look com Caio Costa

Blog do Fernando Coelho: Seu blog é hoje referência em conteúdo diferenciado. Diariamente podemos acompanhar o que acontece de mais inovador em ações de comunicação e propaganda pelo mundo. Como você enxerga hoje a propaganda brasileira?

Caio: No geral, a propaganda brasileira parece uma ilha rodeada de clichês, exceto campanhas de grandes marcas, que entregam roteiros um pouco mais elaborados. Infelizmente, poucas campanhas e ações brasileiras são dignas de nota para o blog.

Blog do Fernando Coelho: Recentemente o Instituto Warc indicou que os CEO’s das principais empresas do mundo acreditam que suas agências de propaganda se preocupam muito mais com a criatividade que com os resultados para seus negócios. Como você percebe a preparação das agências para entender e atender mercadologicamente os negócios de seus clientes, trazendo de fato resultados consistentes?

Caio: A percepção que fica é que as agências sempre querem veicular comerciais criativos apenas para ganhar prêmios. Logicamente elas têm esse objetivo, mas certamente elas tentam unir o útil ao agradável, pois campanhas diferenciadas que caíram na boca do povo e que, ainda por cima, ajudem a vender mais para o cliente é o que todos publicitários buscam. Afinal, o pilar do negócio é vender.

Blog do Fernando Coelho: Que características uma boa propaganda deve ter?

Caio: O bom da propaganda é não ter receita pronta para fazer sucesso, mas alguns ingredientes certamente são indispensáveis: garoto-propaganda que passe confiança, mensagem sem espaço para dupla interpretação e uma frase forte e marcante que convoque o público para comprar o produto ou serviço anunciado.

Blog do Fernando Coelho: Cada vez mais as verbas de publicidade precisarão ser otimizadas pelas agências de propaganda. Em sua opinião, qual será a solução para a escassez de budget?

Caio: Lembrar aos clientes que o bom e velho ditado “o barato sai caro” também se aplica à publicidade. Caso a única saída seja apertar o cinto, usar a imaginação para planejar o nascimento de uma ideia que dê resultado. Independentemente do orçamento disponível, a ideia sempre deve reinar na campanha e surpreender a todos.

Blog do Fernando Coelho: em uma frase, qual seu look market? Qual sua visão do mundo, da vida e dos negócios da propaganda?

Caio: Quem arrisca, sempre petisca.


Caio Costa é formado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, diretor da Orfeu Comunicação, um dos gerentes do Social Media Bahia https://www.facebook.com/SocialMediaBahia e autor do Blogcitário.