segunda-feira, 30 de junho de 2014

Ócio criativo ou melhor - ócio recreativo

Quem nunca teve uma ideia durante o banho ou ao ouvir uma musica parado no trânsito? E agora quem nunca travou durante a necessidade de uma ótima ideia? E por fim, quem nunca teve uma ideia baseado em algo que viveu ou ainda guiados por um trecho de um livro que leu?
Isso é mais normal do que possamos imaginar, nossa mente comumente faz ligações entre fatos vividos e recriar imagens em nosso subscosciente.
Sempre tive o costume de durante o meu expediente, fazer pequenas pausas para exercer o ócio criativo – como diz o consultor empresarial Waldez Ludwing, ler um jornal ou um livro durante o expediente, também é trabalho – um dia aquela informação lhe será útil, ainda mais se você trabalha com processos criativos.
Outro dia estava lendo um portal de mercado (durante o expediente) e um colega me perguntou: - você não tem o que fazer? / Minha resposta foi imediata: - Sim, tenho! Estou exercendo o ócio criativo, ou melhor, recreativo.
A filosofia nos diz que “pensar requer ócio” – hoje na correria do dia a dia estamos sempre priorizando uma atividade (urgente) e esquecendo-se de nos qualificar, antenar, reciclar, etc.
O filósofo e Prof. da PUC-SP Mario Cortella, nos apresenta em um de seus livros, que empresas modernas hoje já incluem o ócio criativo como parte do trabalho, denominando-o inclusive de ócio recreativo. O conceito está relacionando com o recreio (aquele mesmo das escolas) – onde de maneira informal, conversas e elucubrações acontecem dando espaço para novas ideias. Só para reforçar, recreio vem do latim recreare, que significa criar de novo.
Segundo Monica Aiub, para um bom ócio criativo, é preciso incluir, no cotidiano, atividades que reúnam o descanso, o lazer, o trabalho e a aprendizagem.
Ócio não significa não ter o que fazer, mas sim, escolher o que fazer! Portanto proponho a você – reserve 30 minutos do seu horário de trabalho para ler um trecho de um livro, um site ou algo parecido... depois me conta o resultado!
@coelhofernando
Publicitário e Professor Universitário, Especialista em Administração Estratégica certificado pela Universidade Estácio de Sá –RJ, Pós-graduando MBA em Marketing.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Look Market com Tavany Ramos


Minha convidada desta semana é Tavany Ramos, Publicitária e Especialista em Gestão Empresarial. Conversamos sobre a função trafégo – sua nova jornada no Grupo Phocus e a importância de processos bem gerenciados nas agências de propaganda.
Aprecie sem moderação nosso bate-papo!!!
Look Market com Tavany Ramos
Blog do Fernando Coelho: Nos grandes centros, nas agências de propaganda, a função do tráfego é de fundamental importância para garantir a execução de todo processo de uma campanha. Até pouco tempo não existia essa função nas agências. Como você enxerga essa mudança?
Tavany: Na verdade a função de tráfego existe há um tempo nas grandes cidades. Aqui em São Luís é a grande novidade. O cargo existe há um pouco mais de um ano. A Phocus é uma das primeiras agências de São Luís a ver essa necessidade de mercado. E hoje, pra mim, todas as agências deveriam aderir à um profissional de tráfego para melhor organização e desempenho do processo criativo.
Blog do Fernando Coelho: A principal função do profissional de tráfego é supervisionar projetos de publicidade desde o início até a conclusão. Na prática, como funciona isso no dia a dia?
Tavany: Na prática, meu objetivo é acompanhar a passagem do Briefing pelo atendimento, entender o processo da campanha, cobrar prazos dos criativos e devolver a campanha finalizada ao atendimento. Como o executivo de contas fica boa parte do tempo fora, com visitas e reuniões aos clientes, o tráfego acaba sendo a ponte deles com a criação. Enfim, saber de tudo que acontece com o JOB do começo ao fim, passando por todas as áreas.
Blog do Fernando Coelho: Hoje a gente vê especializações em criação, mídia, marketing, contudo, não existe uma especialização em gestão de processos e tráfego. Qual sua dica para que deseja atuar na área? Quais as habilidades essenciais? 
Tavany: O que me ajudou muito foi a experiência que tive como atendimento, que me fez saber de todo o processo de uma agência. Além do curso de Gestão Empresarial que me deu um norte maior de como gerenciar processos.
Pra ser tráfego tem que ter muito jogo de cintura, estratégia, conhecimento da equipe (muito importante saber pra qual dupla direcionar o job) e saber cobrar. O diferencial do tráfego é saber lidar com todo mundo, por que a gente lida com todos os setores da agência.
Blog do Fernando Coelho: o profissional de atendimento é considerado pela literatura da propaganda o “gestor da conta”. Como se da a relação do profissional de tráfego com o Executivo de Atendimento?
Tavany: No começo foi difícil mostrar ao atendimento que o tráfego só tinha como melhorar a vida dele. O tráfego é conhecido também como atendimento interno, e o atendimento acaba sendo o teu cliente. Porém, com o tempo, o atendimento percebeu que com o tráfego facilita sua vida, não deixando atrasar nenhum JOB, e tem a certeza de que a campanha vai passar por todo o processo.
Blog do Fernando Coelho: em uma frase, qual seu Market look? Qual a sua visão de vida, mercado e mundo?
Tavany: O nosso mercado só cresce a cada dia, e consequentemente, vai mudando e se adaptando a realidade, nós precisamos acompanhar essa  evolução e crescer junto com o mercado. Se atualizando, estudando e sempre fazendo com amor o nosso trabalho.

MINI-CURRÍCULO:
Formada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Faculdade São Luís. Pós-graduação no MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Pós-graduação no MBA em Marketing e Publicidade pela Mauricio de Nassau (em andamento).
Atualmente tráfego na agência Phocus Propaganda. Iniciou sua carreira como Executiva de Contas da AG10 Propaganda. 





quarta-feira, 18 de junho de 2014

Crie significado para sua marca, o que importa no mercado é a emoção.

Vivemos na sociedade dos excessos! Alguém duvida?
Somos bombardeados por informações que, na maior parte das vezes, não conseguimos absorver nem 10% daquilo que consumimos: matéria em jornais, rádio, musicas, propagandas, paisagens, e-mails, conversas, aulas, leituras, ufa! Muita coisa!
No livro “ANSIEDADE: Como enfrentar o mal do século”, do autor Augusto Cury, ele sinaliza que somos cobrados, pressionados, nos tornamos reféns da nossa mente. E continua: “[...] essa situação alterou algo que deveria ser inviolável - o ritmo de construção de pensamentos -, gerando consequências seriíssimas para a saúde emocional, o prazer de viver, a inteligência, a criatividade. Pensar é bom, pensar com consciência crítica é melhor ainda, mas pensar excessivamente é uma bomba contra a qualidade de vida e um intelecto criativo e produtivo.
Contudo, o fato que quero destacar e refletir é quanto à criação de significados para as marcas diante do excesso de informações. Faço algumas perguntas:
·         Em meio a este excesso de informação, você está fazendo mais do mesmo?
·         Sua marca está lutando ferozmente para se destacar do seu concorrente?
·         A cada semestre sua marca lança um novo produto ou serviço?
Se sua respota foi sim para as perguntas acima, cuidado! Os consumidores não querem mais produtos, eles querem experiência, utilidade e tempo.
E O QUE REALMENTE IMPORTA PARA AS MARCAS E PESSOAS?
Corroboro aqui alguns pensamentos do Livro Paixão e Significado da Marca que estou terminando de ler, do Especialista em Branding, Arthur Bender:
1.    Num mercado em que todo mundo ficou meio igual, a marca e sua percepção de valor é que diferenciam as organizações;
2.    Esqueça os produtos, tudo vai virar serviço, pura experiência sensorial;
3.    Quanto mais complexa a sociedade, mais as pessoas estão dando valor à simplicidade;
4.    Tornem as marcas relevantes na vida de seus públicos, simplifiquem seus produtos e serviços;
5.    Os clientes estão buscando atenção, confiança, afeto e respeito;
6.    Use todas as estatísticas, mas não abra mão da intuição. O caminho mais curto para chegar às pessoas é o da emoção.
Por fim, faço uma última reflexão: você prefere ter um cliente ou um fã (amigo)? As melhores empresas, aquleas que possuem grande significado, elas não têm consumidores, têm fãs e adoradores. Pense nisso!
@coelhofernando
Publicitário, Especialista em Administração Estratégica certificado pela Universidade Estácio de Sá – RJ, Pós-Graduando MBA em Marketing pela Faculdade Laboro – Professor Universitário.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Look Market com Anny Motta

O gestor de marketing precisa ter uma visão macro do negócio, inspirar e mais que isso, fazer as pessoas respirarem mercadologia.
Conversei sobre a temática com Anny Motta, Coordenadora de Marketing do Grupo Saga em São Luis.
Aprecie sem moderação!
Look Market com Anny Motta
Blog do Fernando Coelho: Você é Publicitária, Especialista em Comunicação e Marketing, durante muito tempo atuou como profissional de agência e hoje está como gestora de marketing. Quais as principais diferenças entre ser agência e ser cliente?
Anny: Como agência eu era coordenadora de produção, onde todas as ideias são colocadas em prática, onde se recebe muitas demandas, as quais têm que ser executadas da melhor e mais rápida maneira possível. O objetivo é outro, não menos importante, mas menor.  

No marketing a visão é macro, saber o foco e planejar é fundamental, usando as várias ferramentas onde a propaganda esta inserida, não é a única opção, ser mais administradora, menos publicitária e fazer com que os outros entendam isso, talvez seja o maior desafio.

Outro dia, eu fui apresentada assim: "-Ah, essa aqui é a Anny do marketing, ela que enfeita a loja”. Eu dei um sorriso amarelo e pensei: é soda!  Quando se está em uma agência, todo mundo respira a mesma coisa, no setor de marketing você tem que respirar pelos outros.

Blog do Fernando Coelho: Como a experiência em agência lhe ajuda nos processos diários como gestora de marketing?
Anny: Eu sei o que pedir, porque conheço até o final do processo.
Blog do Fernando Coelho: Segundo estudos, o marketing de relacionamento está em alta, e essa talvez seja a grande “fórmula” para fidelizar clientes e otimizar os lucros. As marcas do varejo estão sabendo utilizar a força desta ferramenta?
Anny: Talvez não em sua melhor forma, mas com certeza estão tentando, existe uma preocupação, nem que seja pela obrigação ou só pela moda, “ah tá todo mundo fazendo eu também preciso fazer”. Não é a toa que se vem investindo, pouco, mas cada vez mais em pesquisas, pós-venda, “homens qualidade” e tantas outras ferramentas voltadas para saber a melhor forma de satisfação do consumidor. 

Blog do Fernando Coelho: os clientes compram com a emoção e justificam com a razão! Em sua opinião, as marcas estão sabendo vender com a emoção?
Anny: Sim. Podemos falar de muitos setores, mas principalmente do automobilístico onde o investimento é alto, mas o valor agregado também é, e principalmente: traz status. É claro que dependemos de políticas públicas ineficazes, o que acarreta em transportes públicos precários, grandes engarrafamentos, mas quem compra um carro busca, além de conforto e segurança, determinar sua posição social. E com certeza é este o apelo que vemos na maioria das campanhas publicitárias.
Blog do Fernando Coelho: Em uma frase, qual seu Market Look? Qual sua visão do mundo da vida e do mercado?
Anny: O mercado está crescendo, modificando-se e nós precisamos acompanhar essas mudanças, estar sempre atualizados, mas sem perder o nosso diferencial, os nossos valores.
MINI-CURRICULO:
Anny Motta é Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda, MBA em Comunicação Estratégica e Marketing, possui experiência em comunicação, produção e gestão de marketing, já tendo atuado na AG.10 Propaganda e hoje Coordena o Departamento de Marketing do Grupo Saga – Concessionárias Estação Fiat e Saga Renault.


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Regra básica para posicionar sua marca: cumpra o que foi prometido.

O titulo deste post é muitas vezes (em algumas, sempre) descumprido pelas marcas de todos os segmentos – muitas empresas desconhecem, ou mesmo conhecendo, por pensarem em curto prazo, não buscam se posicionar na mente (e coração) de seus consumidores.

Apenas para lembrar, posicionamento não é o que eu digo que sou, mas sim o que o outro (mercado) percebe, logo, em marketing, percepção é mais importante que a realidade, todavia, a realidade precisa andar de mãos dadas com a percepção.

Para ser mais claro, a regra é básica: um bom posicionamento é construído por promessas, cumprimento de promessas e percepção – ou seja, se a marca prometeu ela tem que cumprir.

No marketing 3.0 Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan nos apresentam uma nova forma para conquistar o público-foco, é preciso alcançar a mente, coração e espirito; é fundamental entender os consumidores em sua totalidade humana e suprir suas expectativas.

O que acontece muitas vezes é que as expectativas dos clientes são formadas com base em promessas, e ai, os autores nos colocam os 3 I’s como solução: identidade, integridade e imagem. Às empresas caberá identificar as necessidades e desejos dos consumidores para serem capazes de orientar suas mentes, corações e espíritos traduzidos em promessas e ações.

Essencialmente os 3 I’s seria destrinchados da seguinte maneira:

Identidade – aquilo que sou e prometo entregar;

Integridade – o cumprimento do que foi prometido, a marca agindo de forma honesta com o consumidor;

Imagem – promessas e ações se comungam e, portanto formam uma boa imagem diante do atendimento das expectativas criadas.

Em resumo, tenha palavra e faça o impossível para cumpri-la, mesmo que isso represente prejuízo no curto prazo, com absoluta certeza, sua imagem vale muito mais.

Ser ético e responsável são atitudes fundamentais para um bom posicionamento de mercado.

@coelhofernando

Publicitário e Professor Universitário, Especialista em Administração Estratégica, Pós-graduando MBA em Marketing.