Sempre digo isso (poucas
pessoas me escutam): hoje o maior capital de qualquer organização não é o que
ela tem, mas sim, quem ela tem.
Todo empresário deveria saber
que com a atual (e provavelmente duradoura) escassez de capital humano
qualificado, é bem mais fácil reter um bom talento do que buscar novos talentos
no mercado. Infelizmente, muitos ditos gestores tem esse problema agudo de
percepção e continuam trabalhando com o equivocado pensamento de que as pessoas
são substituíveis.
Se pararmos para fazer uma
análise histórica, vamos perceber que de fato há alguns anos atrás essa
realidade era “verdadeira”, haja vista que as demandas de trabalho eram quase
robotizadas e com pouco espaço e liberdade para inovação.
O QUE MUDOU?
Tudo mudou! Hoje a sociedade
está hiperconecta, as pessoas valorizam mais o ser interior do que o ter
exterior e o salário não é o mais importante na hora de escolher um emprego.
Para os novos profissionais um bom ambiente de trabalho e benefícios são os
aspectos mais valorizados atualmente e quem está na frente dos projetos, ou
seja, das empresas, tem muita representatividade, mais do que o “eu mando e
você obedece” hoje o “vamos fazer, aprender e crescer juntos” tem mais valor.
Sempre defendi que o que
baliza a permanência de um profissional em uma organização é um tripé constituído
por: o que se faz (satisfação), quanto se ganha (beneficio) + o que se aprende
(troca).
Numa leitura mais profunda
deste tripé podemos afirmar que a relação empresa/empregado precisa ser uma via
de mão dupla, o resultado e satisfação tem que vir para os dois. Do mesmo modo
a empresa deve ser um ambiente favorável constituído por uma atmosfera amigável
– o que é fundamental para o relacionamento e inovação.
Segundo pesquisas da The “Y”
Factor” outros fatores sine qua non são
o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, benefícios oferecidos pelas
empresas também são atrativos, além de cursos, treinamentos, bônus por
desempenho e possibilidades de crescimento.
Infelizmente, muitos continuam
céticos a essas tendências, o que é lastimável, enquanto não houver uma desconstrução
de antigos padrões, algumas empresas continuarão a beber muita água da maré
mercado.
Ou as empresas desenvolvem uma
cultura empreendedora e meritocrática e montam um verdadeiro time de
craques, ou elas continuarão cultivando velhos padrões e permanecerão na
mediocridade.
@coelhofernando
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