Consumo simbólico, brand experience, transmedia storytelling
e redes sociais... estes foram alguns temas que conversei com Ricardo Leão para
o Market Look.
Ricardo é Administrador e CEO
na Agência MAK – Marketing Advanced Key Account, agência especializada
em ativação de marcas, produtos e serviços, atendendo clientes como Heineken, Devassa, Dove, Citroen, Skol e
outros. Confira nosso bate papo!
Market Look Ricardo Leão
Blog do
Fernando Coelho: Sua agência é especializada em brand experience. Explique melhor para nossa audiência sobre esse
conceito e como utilizá-lo para aproximar a marca do público e criar
diferencial competitivo.
Ricardo Leão: O
conceito de brand experience pode ser
resumido como uma estratégia de marketing com o objetivo de provocar uma
interação entre a marca, consumidores e parceiros, resultando então a criação
e/ou aumento de valor através de experiências marcantes. O valor neste caso
está relacionado com o conceito de imagem, ou seja, refere–se muito mais às
percepções e associações feitas pelos consumidores com as marcas.
Não basta
colocar à disposição uma situação de interação com
o produto. É preciso um acompanhamento do início ao fim do processo interativo.
Para que o consumidor não se sinta abandonado pela marca, o planejamento
precisa prever a continuidade deste relacionamento. E para isso é importante
conhecer com profundidade o target
(público-alvo) de modo a estar certo que o produto tem algo, de fato, a agregar
e oferecer. Lembrando que devemos sempre agir de forma criativa e inovadora,
agregando conhecimento, sentimento e inteligência.
Blog do
Fernando Coelho: Hoje vivemos na era do consumo simbólico. Viver uma
experiência é tão importante quanto ter um produto ou adquirir um serviço. Na
era dos selfies, tornar o consumo
pessoal em social digital também é um novo hábito do consumidor. Como as marcas
podem explorar essas novas demandas a fim de amplificar o seu poder no ambiente
digital?
Ricardo
Leão: Hoje, não basta apenas expor produtos ou serviços. É preciso envolver o
consumidor e convidá-lo a participar. A experiência não precisa ser grandiosa.
Porém, precisa ser sempre inusitada, surpreendente.
É
importante que as marcas possuam seus perfis nas redes sociais. Com o crescente
aumento de usuários de inúmeras redes sociais é possível resumir e exemplificar
esse tema, pois através desta tecnologia digital temos como resultado um
aumento na globalização e automaticamente na aproximação de todos os seus integrantes.
Isso somado a quantidade de pessoas que adquirem e utilizam cada vez mais
aparelhos portáteis com câmeras fotográficas de alta resolução e acesso rápido
à internet, podemos entender então que o merchandising
fora do PDV (ponto de venda) gratuito acontece de forma automática quando o
consumidor, por exemplo, publica em sua rede social uma foto e/ou um relato
sobre a experiência que teve com a marca mesmo que involuntariamente.
Blog do
Fernando Coelho: Estou lendo o Livro “O que as mulheres querem”, do antropólogo
norte americano Paco Underhil, e lá
ele cita que o mercado ainda não se atentou para o poder de consumo do público
feminino. A grande maioria dos serviços são oferecidos de maneira generalista.
Como utilizar o brand experience para
personalizar os serviços e criar maior afinidade com o publico feminino?
Ricardo
Leão: É verdade que a maioria dos serviços e produtos são oferecidos para o
público de maneira geral, porém é importante nesse momento saber se você deve
ou não direcionar sua atenção para um público específico masculino ou feminino.
A não ser que o produto seja para determinado usuário em questão.
Como
exemplo posso citar uma ação que estamos realizando no litoral norte de São
Paulo, mais precisamente na praia de Maresias, o Spa OX do cliente Flora. Para
essa ação criamos um cenário personalizado aonde o público pode desfrutar de
uma massagem relaxante ou obter um penteado diferente de verão utilizando os
produtos da marca. Ambos os serviços podem ser aproveitados por homens e
mulheres, porém o foco principal neste caso está sendo dado ao público feminino
tendo em vista que grande parte dos produtos da linha de cosméticos da marca é
para esse perfil.
Blog do
Fernando Coelho: Qual sua opinião a respeito do Transmedia Storytelling?
Ricardo
Leão: Entendo que o Transmedia Storytelling é um “contador de histórias” e
costumo definir como um trabalho onde ocorre uma junção de plataformas
independentes que somadas formam um conjunto, mas que podem ser consumidas
separadamente. Por exemplo, posso ver o filme sem nunca ter visto o
documentário, fico satisfeito e entendo a história.
Blog do
Fernando Coelho: em uma frase, qual seu market look? Qual sua visão de mundo,
vida e mercado?
Ricardo
Leão: O mundo infelizmente precisa de muitas melhorias assim como nós seres
humanos, mas de maneira geral temos tudo ao nosso alcance se tivermos vontade
buscar. Quem quer, faz acontecer.
O mercado
de marketing e eventos é enorme e possui vários nichos que podem ser explorados
por todos. Há espaço para todo mundo no mercado, basta saber entender qual o
seu e atuar com máxima capacidade, comprometimento e transparência possível,
dentro lógico, das necessidades de cada cliente. O sucesso é consequência.
MINI BIO DE RICARDO LEÃO:
Formado em Administração de Empresas
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e CEO na Agência MAK – Marketing
Advanced Key Account
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